Resenha Quem é você, Alasca? de John Green.

terça-feira, 19 de novembro de 2013
Hey, povin.
Eu voltei agora pra ficar ~cantando~
TAPAREI!
Hoje eu vim resenhar Quem é você, Alasca? do titio João Verde.


Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".
[Cuidado, spoilers. Se não leu, não abra.]


Quem é você, Alasca? é um livro que, como posso dizer, mexeu comigo. Mas já chego nisso. Eu sentia vontade de ler ele desde que descobri John Green por causa do tumblr. Os dois livros dele que eu mais queria ler era esse e A Culpa é das Estrelas, que eu já li também. Não sei o que me atraiu mais, a cada, a sinopse ou a fixação do principal por últimas palavras. Mas algo me prendeu a ele e foi bom.
O livro fala de Miles, mais conhecido como Gordo, que vai para um colégio interno e lá ele finalmente ganha amigos. Chip, mais conhecido como coronel, Takumi, Lara e Alasca Young. Ah, Alasca. Não sei como descrever ela. Ela não é alguém comum. E é por isso que Gordo e eu se apaixona por ela. Ela é inconstante e louca, mas ao mesmo tempo irônica e inteligente. As questões levantadas nesse livro são lindíssimas e nos fazem pensar.


Os personagens que criados por John Green são impecáveis. Os quatro amigos de Gordo são diferentes ao seu modo e é simplesmente perfeito. Mostra uma realidade dos jovens que muitos livros agora estão mostrando. Essa coisa de beber e fumar por que é legal. Gosto do que Alasca diz uma hora no livro: Vocês fumam para se divertir, eu para morrer. Isso representa muito bem quem ela é.


Agora vamos a parte que mexeu comigo. Um pouco depois do meio do livro ocorre uma morte. Prefiro não dizer de quem, mas é um choca demais. É uma dor, não como em A Culpa é das Estrelas, mas doí. Só que não envolve um drama e sim um porque.Eles passam a investigar o porque dessa pessoa ter morrido. Seria um acidente ou um suicídio? E é nessa parte que o livro nos faz questionar sobre o que fazemos de nossas vidas e como ela pode sumir em um piscar de olhos.


E sobre quem nós somos um na vida do outro. Novamente, John Green nos fazendo questionar sobre nossas ações. A fixação em últimas palavras de Gordo é tanta que casa com os acontecimentos.
Gordo é a última pessoa a ouvir as últimas palavras de quem morre e isso faz com que ele surte por um tempo. O que é normal para alguém que poderia ter impedido a morte do personagem. E o lindo é que passam a investigar a morte por conta própria. Onde não acham resposta e sim uma alivio.
Esse livro é simplesmente lindo. Tudo nele é ótimo. Ele virou um dos meu favoritos com certeza, juntinho com A Culpa é das Estrelas. 
E o última citação só pra fechar com chave de ouro:

Somos capazes de sobreviver a essas coisas horríveis, pois somos tão indestrutíveis quanto pensamos ser. Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar. 
Adios, companheiros.
Até a próxima.
Ingra Iribarne

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