Eu voltei agora pra ficar ~cantando~
TAPAREI!
Hoje eu vim resenhar Quem é você, Alasca? do titio João Verde.
Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".
[Cuidado, spoilers. Se não leu, não abra.]
O livro fala de Miles, mais conhecido como Gordo, que vai para um colégio interno e lá ele finalmente ganha amigos. Chip, mais conhecido como coronel, Takumi, Lara e Alasca Young. Ah, Alasca. Não sei como descrever ela. Ela não é alguém comum. E é por isso que Gordo
Os personagens que criados por John Green são impecáveis. Os quatro amigos de Gordo são diferentes ao seu modo e é simplesmente perfeito. Mostra uma realidade dos jovens que muitos livros agora estão mostrando. Essa coisa de beber e fumar por que é legal. Gosto do que Alasca diz uma hora no livro: Vocês fumam para se divertir, eu para morrer. Isso representa muito bem quem ela é.
Agora vamos a parte que mexeu comigo. Um pouco depois do meio do livro ocorre uma morte. Prefiro não dizer de quem, mas é um choca demais. É uma dor, não como em A Culpa é das Estrelas, mas doí. Só que não envolve um drama e sim um porque.Eles passam a investigar o porque dessa pessoa ter morrido. Seria um acidente ou um suicídio? E é nessa parte que o livro nos faz questionar sobre o que fazemos de nossas vidas e como ela pode sumir em um piscar de olhos.
E sobre quem nós somos um na vida do outro. Novamente, John Green nos fazendo questionar sobre nossas ações. A fixação em últimas palavras de Gordo é tanta que casa com os acontecimentos.
Gordo é a última pessoa a ouvir as últimas palavras de quem morre e isso faz com que ele surte por um tempo. O que é normal para alguém que poderia ter impedido a morte do personagem. E o lindo é que passam a investigar a morte por conta própria. Onde não acham resposta e sim uma alivio.
Esse livro é simplesmente lindo. Tudo nele é ótimo. Ele virou um dos meu favoritos com certeza, juntinho com A Culpa é das Estrelas.
E o última citação só pra fechar com chave de ouro:
Adios, companheiros.Somos capazes de sobreviver a essas coisas horríveis, pois somos tão indestrutíveis quanto pensamos ser. Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar.
Até a próxima.
Ingra Iribarne
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