Resenha Dupla: Destino de Ally Condie e Perdida de Carina Rissi.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Hey, eu sei que eu sumi. Mas eu enfrentava um problema, não me concentrava em livro nenhum. Mas nesse meio tempo eu consegui ler dois livros: Destino e Perdida. Então vamos as resenhas.


Cassia tem absoluta confiança nas escolhas da Sociedade. Ter o destino definido pelo sistema é um preço pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável, um emprego seguro e a certeza da escolha do companheiro perfeito para se formar uma família. Ela acaba de completar 17 anos e seu grande dia chegou: o Banquete do Par, o jantar oficial no qual será anunciado o nome de seu companheiro. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander - bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade.Quando a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo, o mundo de certezas absolutas que ela conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés. Agora, Cassia vê a Sociedade com novos olhos e é tomada por um inédito desejo de escolher. Escolher entre Xander e o sensível Ky, entre a segurança e o risco, entre a perfeição e a paixão. Entre a ordem estabelecida e a promessa de um novo mundo.

Como diz na sinopse, o mundo de Cassia é controlado pela Sociedade e tudo na Sociedade é calculado minimamente. Nada pode sair errado porque senão podem causar muitas confusões e até uma grande revolta.
A história gira em torno da Cassia e suas descobertas. E como um bom livro distópico, sobre o que há por trás da Sociedade, mas não é num nível Jogos Vorazes, é mais leve e calmo. Tudo começa a desmoronar na história na noite do Banquete do Par, onde anunciam quem a Sociedade diz ser a pessoa certa apar você por meio de cálculos e mais cálculos. Então o par de Cassia é ninguém mais, ninguém menos que seu melhor amigo de infância, Xander. Tudo está lindo e maravilhoso, até amanhã seguinte, quando Cassia vai olhar as informações sobre ele e no lugar que deveria estar a foto de Xander, está na foto de Ky, um garoto que ela conhecia desde pequena. E ai tudo vira de cabeça pra baixo. Ela começa a se apaixonar por Ky, que depois descobre que é um Aberração (alguém que infringiu uma lei) e não poderia estar no sistema de pares. E depois, tudo vai por água abaixo.
Bom, esse livro ele é muito bom, mas ele é meio monótono em algumas partes. Mas eu realmente adorei. Gostei como a autora criou o mundo e toda aquela coisa das 100 músicas ou 100 obras de arte. E como o ser humano se ligou totalmente a razão e aos cálculos e se livrou da emoção.
É um livro que nos faz pensar sobre as escolhas que fazemos na vida. E se um dia alguém pode tirar esse poder da gente e dizer que é para nosso próprio bem e nós acreditarmos. Eu gostei muito da história e agora só me falta ler o segunda dessa trilogia.

Citações (tem mais de uma, porque esse livro é uma verdadeira maquina de citações)

É estranho como nos agarramos a pedaços do passado enquanto aguardamos nossos futuros. - pag. 12
A cada minuto que você passa com alguém, você entrega a outra pessoa uma parte da sua vida e toma um pouco da dela. - pag. 45
E, como nos lembra a Sociedade, existe uma diferença entre conhecimento e tecnologia. O conhecimento não nos falha. - pag. 24
Será que se apaixonar pela história da pessoa é a mesma coisa que se apaixonar pela pessoa? - pag. 130


Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Sofia é como todos nós, não vive sem seu computador, seu celular e suas redes sociais. Ela praticamente surta quando seu computador quebra no começo do livro. E quando o celular dela caí dentro da privada, ela precisa praticamente correr para comprar outro. Assim que ela sai de casa naquela manhã de sábado, não tem ninguém na rua. Quando chega na loja, só tem uma vendedora. Uma senhora estranha que lhe oferece um modelo estranho de celular que promete melhorar a vida de Sofia de todas as formas. Ela compra, mas com o pé atrás. E assim que sai da loja e vai para a pracinha ligar o celular, ele brilha o mais claro possível e depois que ele apaga ela está em pleno século XIX, sendo amparada por Ian Clarke meu novo marido literario que a leva para a casa dele e a ajuda de todas as formas completar a sua jornada.
Tudo que eu consigo dizer sobre este livro é que ele me prendeu do inicio ao fim. É um livro engraçado, romântico, levemente triste com uma pitada de Jane Austen. Pra mim essa história é uma mistura de Lost in Austen, Orgulho e Preconceito e Kate & Leopold. Sofia realmente não acredita no amor e nessa jornada pelo século XIX faz com que ela acredite cegamente.
Não tem como não rir na parte com ela faz uma discussão interna e com Ian sobre os usos da casinha (banheiro do século XIX) e quando ela fala as gírias para Ian ou sua irmã Elisa ou Teodora, a ruiva irritante que o santo da Sofia não bateu. Eu li em quatro dias, e isso foi rápido pra alguém que estava demorando duas semanas pra ler um livro. Ele te prende e aos poucos rouba a tua alma.
A autora soube realmente balancear o romance com esse tom engraçado da Sofia, que já virou uma das minhas divas eternas. 
Perdida é sem dúvidas um dos melhores livros que eu já li. E virou minha primeira paixão literária de 2014.
Agora é só esperar pelo filme, que foi confirmado pela autora e o segundo livro, que eu tenho uma leve impressão que nosso lindo e maravilhoso Ian virá pro futuro.

Citação:

Minha alma já não me pertence mais. Como posso ser livre? - pag. 259

Bom, é isso pessoal.
Até a próxima.
Ingra.
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